sexta-feira, 4 de outubro de 2013

"Cabelos que Negros", de Oliveira Silveira

Cabelo carapinha,
engruvinhado, de molinha,
que sem monotonia de lisura
mostra-esconde a surpresa de mil
espertas espirais,
cabelo puro que dizem que é duro,
cabelo belo que eu não corto à zero,
não nego, não anulo, assumo,
assino pixaim,
cabelo bom que dizem que é ruim
e que normal ao natural
fica bem em mim,
fica até o fim
porque eu quero,
porque eu gosto,
porque sim,
porque eu sou
pessoa negra e vou
ser mais eu, mais neguim
e ser mais ser
assim. 

A presente poesia foi o resultado da pesquisa do estudante Luis, no Laboratŕorio de Informática, sobre cabelos crespos. Ao chegarmos na sala de aula, passei-a para a turma. O trabalho consistiu:
a) Leitura silenciosa da poesia;
b) Discussão oral sobre a poesia;
Eis algumas considerações feitas sobre a poesia;
"Eu achei legal, porque fala dos nossos cabelos". Gabriela
"É um texto legal, porque fala de diferentes tipos de cabelos". Marlon
"Eu achei criativo o texto, porque fala sobre os tipos de cabelos". Rickton
"O texto é poético, porque ele foi até a vida dele construindo este texto". Maiquel
"Eu achei interessante, porque não tenho cabelo pixaim". Maicon 

Nenhum comentário:

Postar um comentário